O painel vespertino do segundo dia dos Encontros PNAID 2023 debateu a “Diáspora e cooperação como oportunidade de crescimento”, um tema abrangente que levou os oradores a dissertar sobre perspetivas diferentes que servem um objetivo comum: o desenvolvimento do País.
O Secretário de Estados dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Francisco André, começou por destacar a II edição do evento como “um excelente exemplo dessa atenção redobrada que tem sido dada à Diáspora portuguesa nos últimos anos, uma atenção que contrasta com outros períodos da nossa história.”
“O PNAID já trouxe mais de 150 milhões de euros de investimento da Diáspora para Portugal e, sobretudo, desenvolvimento no interior do País, onde esse investimento faz mais falta”, salientou, falando igualmente sobre o crescimento do número de cátedras e centros escolares em outros países para o ensino da língua portuguesa, chegando atualmente a “mais de 73 mil alunos”.
“Tem sido esta a nossa ação: estamos todos cada vez mais próximos, somos todos portugueses, somos todos patriotas, estamos todos juntos. A nossa obrigação é trabalhar para que esta relação entre todos os portugueses continue a ser cada vez mais intensa”, finalizou Francisco André.
Nuno Santos Félix, Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, alinhou por um diapasão similar: “A Diáspora está no nosso coração. Esta é uma Diáspora que nos projeta além da nossa geografia, além dos nossos 10 milhões de habitantes, por isso é que é importante ter neste evento.”
“Muitas vezes fala-se da fiscalidade, dos impostos, mas quando olhamos para os indicadores internacionais, o que vemos é que entre um investimento em Portugal ou em Espanha, o nosso País tem taxas efetivas mais baixas. Como é que isso acontece? Através de um conjunto de incentivos ao investimento”, explicou Nuno Santos Félix.
Como representante da Secretaria-Geral do Ambiente, Peter Pitrez apresentou números referentes ao programa de cooperação ambiente e ação climática, designadamente o Programa Plurianual Conjunto de Cooperação para o Desenvolvimento nos Domínios do Ambiente e da Ação Climática, com enfoque geográfico nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor-Leste.
“Numa comunidade, numa família, as pessoas têm de se conhecer, de desenvolver amizade e confiança. Entre Portugal e Cabo Verde, existe confiança, independentemente da situação conjetural”, afirmou, por seu turno, o Ministro das Comunidades de Cabo Verde.
Jorge Santos realçou os laços de cooperação entre os dois países, lembrando que Cabo Verde, tal como Portugal, procura valorizar e estabelecer pontos de contactos com a sua Diáspora, que tem uma “participação de 34 por cento no PIB”.
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